Em Dezembro de 2015 foi publicado “on-line first” na revista Ecotoxicology o artigo Barn owl feathers as biomonitors of mercury: sources of variation in sampling procedures. Este trabalho multidisciplinar na área da Ecotoxicologia utiliza a coruja-das-torres como modelo para testar algumas fontes de variação intra-individual nas concentrações de mercúrio medidas em penas: o tipo de pena e a posição na asa, massa e comprimento das penas de vôo. O tipo de pena tem um efeito muito reduzido na variação intra-individual das concentrações de mercúrio. Relativamente às penas de vôo, apenas a massa apresenta um efeito negativo. À luz do conhecimento actual sobre a acumulação de mercúrio em penas, e tendo em conta que todas as penas analisadas cresceram simultaneamente no ninho, os resultados apontam para a possibilidade de diferenças nas taxas de crescimento entre as penas serem o principal factor a influir nas diferenças das concentrações de mercúrio num mesmo indivíduo. No final, os autores apresentam recomendações a ter em conta em diferentes contextos de amostragem, de forma a obter a melhor estimativa possível da contaminação por mercúrio em penas de coruja-das-torres. O estudo está integrado no Doutoramento de Inês Roque e resulta de uma colaboração entre a Universidade de Évora, a Universidade de Aveiro e a Universidade de Lausanne (Suíça).